sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

É quase 2009!

Nós andamos no nosso tempo que não é o tempo do tempo e por isso não temos tempo.

Por isso o tempo passa a correr.

Acabou o Natal e já é quase 2009.

O que vem aí? Mais crise económica, mais desemprego, mais dificuldades.

São tempos de perturbação e de incerteza que causam apreensão.

As expectativas do novo ano, sempre animadas, desta vez não são as melhores.

Mas os tempos de crise também são tempos de renovação, de mudança, de reconstrução.

As vidas precisam disso, de ser renovadas de vez em quando para serem vidas que merecem a pena ser vividas.

Olhe a sua vida e dê-lhe uma oportunidade de renovação.

São os meus votos para 2009!

 

Bem Hajam!

 

 

 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal

É o mínimo que se pode desejar nesta quadra: Boas Festas e muita Paz.

Uma época de nascimento/renascimento, de tolerância, de amor desinteressado pelos outros. È só uma vez por ano e durante poucos dias, mas pode marcar a vida de alguém.

O Natal não é seu, é dos outros.

Faça acontecer Natal!!!

 

 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Salário Mínimo Nacional nos 450 euros!

Desde os 3.000$00 de 1975 aos 3.300$00 de 1976, o Salário Mínimo Nacional serviu para melhorar o poder aquisitivo de milhares de famílias portuguesas.

Foi hoje publicado em DR o novo valor para vigorar em 2009: 450 euros.

Se é verdade que hoje o SMN (ou RMMG-Remuneração Mensal Mínima Garantida) já não abrange tantos trabalhadores como outrora, é verdade também que a sua fixação continua a fazer sentido pela normalização mínima que estabelece e, essencialmente, pelo referencial que constitui para o crescimento salarial global e para a fixação de muitas outras prestações.

O valor do SMN (ou RMMG) influencia também fórmulas de cálculo diversas que o usam como referência.

No quadro actual é de louvar que o Governo não tenha cedido às muitas pressões e chantagens que visavam adiar esta medida.

Falta agora nivelar as pensões mínimas por este referencial. Para quando?

 

 

 

 

 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Até que Enfim!

Finalmente um Plano de incidência económica – embora tímida – para ajudar a superar a crise.

Algum apoio ás empresas, melhoria da ajuda aos desempregados, são sinais positivos.

Mas falta um verdadeiro Plano de Contingência capaz de dar aos cidadãos em risco de perderem os seus Postos de Trabalho o apoio e a confiança de que os bancos e os investidores – a para das grandes fortunas – beneficiaram.

A confiança, enquanto intangível determinante, funciona aos dois níveis. Investimento e Consumo.

Se as pessoas não merecem a garantia de que não vão sofrer excessivamente com a diminuição do seu poder aquisitivo, então quem merece?

 

Esperemos que venham aí mais medidas.

O recente Fórum da TSF sobre o assunto deu para perceber o sentimento de apreensão que grassa pelo País.

 

Vamos ter esperança que a tecnocracia não vença.

Precisamos de mais humanismo!

 

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Futebol assim também é arte!

1,2,3,4,5 e 6!

Uma das maiores goleadas da história.

Assim dá gosto ver jogar futebol. Técnica, classe e entreajuda dão arte.

Depois do descalabro da semana passada a resposta aos descrentes.

Quique Flores y sus muchachos souberam reagir e afirmar-se.

 

Vamos ver se não se deslumbram!

 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Corte - La Corse

A neve já chegou aos Pequenos Alpes e atravessou o mediterrâneo até aos picos da Córsega.

A imagem foi obtida esta manhã.

 

Pace i saluti

 

 

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O actual PREC - Processo Recessivo Em Curso

A actual situação financeira da economia mundial -  e, por consequência, da economia portuguesa – configura, claramente, uma recessão. Não daquelas que, como a de 1983, se traduziu em racionamento de produtos básicos – pão, leite – e no pagamento do 13º. Mês em títulos do tesouro, mas uma recessão económica provocada pelos devaneios financeiros da chamada economia de casino.

No entanto, se atentarmos no facto de a maioria da população do planeta viver com um rendimento per capita diário inferior a um dólar, já não estamos a falar de uma mera recessão económica mas sim de uma crise muito mais profunda que abala os alicerces do próprio sistema económico mundial.

Isto porque, quem deveria ter dinheiro para comprar produtos, não tem e quem deveria ter capacidade de produzir bens e serviços não tem mercado e, por isso, não tem dinheiro.

Estamos, de facto, perante um enorme desafio de refundar o sistema económico, com regras distributivas diferentes, regras de gestão mais transparentes e controladas, sistemas comerciais e de trocas mais equitativos, melhores condições de trabalho e maior focalização nos fundamentos económicos.

Seremos capazes?

Ou a avareza dos accionistas e gestores – auxiliados pelos poderes públicos – vai continuar a dominar?

O PREC ainda não bateu no fundo.

Nem cá nem lá fora.

Esperemos pelos próximos dias!

 

 

Desemprego em Espanha - O valor mais alto desde 96

171 mil trabalhadores perderam o emprego só no mês passado

O número de desempregados em Espanha voltou a aumentar e atingiu quase três milhões, no passado mês de Novembro, o valor mais alto em 12 anos.

Ao todo, 171 mil trabalhadores perderam o emprego no mês passado, uma subida de 6% em relação a Outubro. O número total de desempregados em Espanha ascende agora aos 2,9 milhões.

Além disso, o desemprego aumentou em todos os sectores, com os serviços a registarem o maior aumento absoluto (mais 97 mil desempregados).

 

 

 

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Primeiras Imagens do Windows 7

Nome de Código Windows 7, é o novo sistema operativo da Microsoft que irá substituir o pouco utilizado Vista.

Estes são os primeiros “screenshots” que apareceram na Internet.

Gentileza da ZDNet Tech newsletter.

 

As diferenças maiores – como sempre – ocorrem ao nível subterrâneo (segurança). O interface gráfico é o do Vista com as melhorias que aparecem na imagem.

A evolução desde o Windows XP é notável.

 

 

 

Human!

Boas vindas ao novo projecto “HUMAN” do meu amigo António Venda.

É um projecto integrado – portal e revista mensal – que, pela qualidade dos intervenientes tem todas as condições para ser uma pedrada no charco na área da edição de revista temáticas em Portugal.

Votos de grande sucesso.

Ficamos à espera, com ansiedade, do primeiro número da revista já em Janeiro.

O Portal pode ser acedido em www.human.pt

 

 

 

 

terça-feira, 4 de novembro de 2008

PREC

Chegado de Angola no Sábado, eis que sou surpreendido pela primeira grande medida do novo PREC – Processo Recessivo Em Curso: a nacionalização do BPN.

Mas porque não a nacionalização da SLN detentora do capital do Banco? Para não afectar os accionistas? Ou o Estado nacionaliza somente para proteger os depósitos da Segurança Social e o recente empréstimo da CGD?

Os accionistas do BPN vão sair chamuscados de todo este processo, ou, mais uma vez, vamos assistir, em nome do interesse nacional e da tranquilidade dos mercados, a um silencio ensurdecedor?

Aceitam-se apostas para a segunda medida do PREC!

 

Será a nacionalização de outro Banco ou de uma Seguradora?

 

Os próximos dias são decisivos!!!

 

 

sábado, 25 de outubro de 2008

Um novo Livro

Uma abordagem diferente sobre a Gestão de Recursos Humanos actual! Edição de autor, contém Glossários de Competências, Gestão, Qualidade e Sistemas de Informação.

 

O Prefácio:

 

Este Manual Prático da Nova Gestão de Recursos Humanos – NGRH, é um guia para a compreensão dos fenómenos que nos dias de hoje afectam a Gestão de Pessoas nas empresas e organizações. Vivemos uma época de complexidade onde múltiplas variáveis mudam com grande rapidez levando consigo as velhas receitas e os velhos paradigmas.

Os gestores, os técnicos de recursos humanos, as chefias hierárquicas, encontram-se numa encruzilhada. Querem gerir bem as pessoas com quem trabalham mas faltam referenciais técnicos e modelos adequados.

E os modelos do passado não servem a realidade actual.

Nova Gestão de Recursos Humanos – NGRH, é um conceito paradoxal, pois, aos novos paradigmas de análise acrescenta as ferramentas técnicas necessárias para a implementação de sistemas de gestão de recursos humanos modernos e apropriados aos novos desafios dos mercados e dos negócios.

Esta edição de autor – a primeira sobre esta temática – destina-se sobretudo a apoiar acções de formação sobre a matéria, preenchendo uma lacuna desde à muito sentida por todos aqueles que se dedicam com paixão ao ensino da gestão dos recursos humanos.”

 

Disponível através de pedidos por email.

Boa leitura!

 

 

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Orçamento Geral do Estado 2009

Aí está!

Apesar de tudo, não se pode considerar um orçamento eleitoralista. Parabéns a quem resistiu à tentação!

Aspectos mais salientes: crescimento do PIB (embora tímido), crescimento de verbas para a Segurança Social (apoiar os desempregados que aí estão e que aí vêm), continuação da aposta nas obras públicas ( esta estratégia do betão deu maus resultados no passado e está a criar graves problemas em Espanha).

Não altera nada em termos de política económica, nomeadamente no que respeita à inflexão da política de distribuições de rendimentos. OS rendimentos do trabalho não podem continuar a perder terreno a favor dos rendimentos de capital.

Segundo a OCDE Portugal já é o país mais desigual da Europa na distribuição da riqueza! Devemos pensar nisto seriamente.

Não é com o aumento de apoios sociais e de prestações da Segurança Social que lá vamos.

É mesmo necessário alterar a política de distribuição de rendimentos.

2,9% para a Administração Pública – com o mais que provável arrastamento ao sector privado – é uma passo muito tímido.

E as isenções fiscais para a banca? Vão continuar?

A actual crise financeira já se está a transformar numa séria crise económica. E é a crise económica que afecta todos!

 

Vamos ver o que acontece nas próximas semanas!!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Artigo publicado no Semanário "O Diabo"

O que espera do
OE/2009?
LUÍS BENTO — Espero que seja um
Orçamento de rigor. Apesar de ser um Orçamento
para o último ano da legislatura
impõe-se que assim seja. Deverá ser um
Orçamento de consolidação do esforço
de redução da despesa pública, de consolidação
do défice e, simultaneamente,
um Orçamento que, tendo em atenção a
conjuntura macroeconómica em que vai
ser apresentado, deverá conter medidas
de carácter social imprescindíveis para
aliviar as consequências da recessão
nos planos do emprego e do orçamento
das famílias mais desfavorecidas. Não
creio que o Governo cometa o dislate
de sucumbir ao desejo de votos. Apesar
de todas as críticas que emergem de
todos os quadrantes, este Governo já
demonstrou que não é fácil cair nessa
tentação. Todavia, o desafogo relativo
que se vive na Segurança Social pode
trazer algumas surpresas.
Só quatro ministérios — Administração
Interna, Saúde, Justiça e Segurança
Social — vão ter mais dinheiro
para gastar no Orçamento. Justifica-se
estes limites nestas áreas?
Sem dúvida. São os sectores mais
expostos à actual pressão social e aqueles
em que mais se justifica um acréscimo de
verbas. Não devemos esperar, todavia,
com excepção para a área da Segurança
Social já referida atrás, grandes acréscimos.
Importa lembrar que, os sectores
referidos, têm sido sujeitos a reorganizações
profundas – ainda não concluídas
– que, caso sejam interrompidas, provocarão
um retrocesso incontrolável. Acho
que o eventual decréscimo na redução
do défice provocado por estes aumentos,
é amplamente justificado.
Qual é a forma que o Governo tem
de contornar a quebra na receita?
A receita irá cair devido à recessão
económica — já chega de lhe chamar crise
— e à consequente diminuição na criação
de riqueza. Mas pode crescer através da
melhoria da eficiência fiscal onde ainda
existe uma larga margem de progressão.
Se a eficiência fiscal continuar a aumentar
irá provocar um acréscimo de receitas
que contrabalançará o decréscimo global
provocado pela diminuição da actividade
económica. Uma outra fonte de receita é
o aumento da dívida pública, pois ainda
existe uma margem muito razoável para a
fazer crescer caso exista liquidez suficiente
nos mercados internacionais. A actual
conjuntura pode justificar um crescimento
do endividamento do Estado para fazer
face, nomeadamente, aos custos sociais
— subsídios de desemprego, custos de
reestruturação, ajudas às famílias e às
micro-empresas.
O aumento dos impostos seria
uma dessas vias. Acha provável isso
acontecer, tendo em conta que as
eleições estão cada vez mais próximas,
ou podemos esperar o contrário, uma
redução da carga fiscal?
Não se justifica em Portugal qualquer
acréscimo da carga fiscal, pois esta já
atingiu patamares-limite. Justificar-se-ão
acertos nalguns impostos — principalmente
no sector financeiro da economia
— mas nunca nos impostos mais
importantes, IRS, IVA e IRC. Penso
que o Governo optará antes por propor
uma reengenharia nalguns escalões dos
diferentes impostos, adequando-os às
novas formas de tributação. Numa óptica
meramente económica, justificar-se-ia
uma baixa generalizada dos impostos
directos. Todavia, a óptica financeira,
desaconselha vivamente tal medida. E,
neste momento tão sensível, acho que a
óptica financeira prevalecerá.
Até que ponto o Governo não
cairá na tentação de elaborar um OE
eleitoralista?
Apesar de todas as críticas, desacertos
e explicações por vezes esfarrapadas
de algumas medidas, deverá ser feita
justiça a este Governo. Talvez seja o governo
da III República que mais resistiu, no
plano orçamental, a transformar benesses
em votos. Penso que irá continuar nesse
caminho pois, em ano de eleições, não vai
querer estragar uma imagem e uma prática
que tanta incompreensão tem gerado.
Acho que o Primeiro-Ministro não deixará
que os «lobbies» do aparelho partidário
ditem a política orçamental do Governo.
Se assim for, todos ganharemos.
A.C.
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Orçamento do Estado

Foi conhecido ontem – em linhas gerais - o orçamento do Estado para 2009.

No artigo seguinte podem ver os meus comentários antecipados e premonitórios – ou talvez não.

sábado, 27 de setembro de 2008

USA apoiam especuladores financeiros

O congresso norte-americano vai apoiar o sector financeiro em crise. Caso os apoio anunciados sejam libertados - cerca de 700 biliões de dólares - a dívida externa americana que já é a maior do mundo, vai crescer 14%.
Ou seja, vão ser os cidadãos americanos afectados pela crise que vão pagar o apoio aos especuladores.
Mais uma vez o "crime" compensa.

Será que os EUA ainda não entenderam a necessidade de se refundar o capitalismo e definir novas regras que impossibilitem a formação de activos financeiros que não assentem em valor real?

O que vai fazer a Europa? Emprestar dinheiro aos EUA?

Os próximos dias vão trazer-nos grandes surpresas!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

À Procura do Infinitamente Pequeno

A experiência que começou hoje a decorrer no CERN, em Genéve, tenta recriar as condições que ocorreram imediatamente a seguir ao BigBang.

Procuram-se novas partículas de matéria que já existem na teoria mas que nunca foram detectadas.

É a busca de respostas.

Vamos ver o que acontece. Provavelmente, mais dúvidas surgirão.

 

Luís Bento

Director-Geral

Rua Cidade de Cádis, 9 – 1º. Esq.            

1500-156 LISBOA

Tel: (+351) 217931710     Fax: (+351) 217931710

Móvel: (+351) 965072270

   neoclip.gest@sapo.pt

 

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Petição a favor do rastreio do cancro do útero

Assinem a petição  www.cervicalcancerpetition.eu para que o cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existe na região centro.

É uma questão de cidadania.

 

 

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

FIM!

Às 17 horas de ontem, o coração parou.

Desistiu.

O sofrimento terminou!

 

 

sábado, 30 de agosto de 2008

FLOCK - o browser da Web 2.0

Já está disponível para download o novo Browser “FLOCK”, que contém uma versão “verde”, ou seja, onde se podem encontrar todas as informações relativas à protecção ambiental. É um browser muito rápido, seguro e que arruma a informação de forma atractiva.

Já se encontram no FLOCK muitas das inovações que a Microsoft pretende apresentar no IE8.0.

Uma semana de testes aconselham uma mudança total e definitiva.

Pode fazer o download aqui www.flock.com

Gostaria que deixassem os v/ comentários relativos à experiência de utilização.

 

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Esperança e Coragem

Têm sido dias e dias de espera, de ansiedade.

Más notícias e boas notícias entrelaçam-se, todos os dias, cada dia.

O sofrimento é permanente.

Uns, tentam trazê-los à vida, outros, aguardam que a vida se lembre deles.

São assim os dias no SMI – Serviço de Medicina Intensiva do HSM-Hospital de Santa Maria.

Um acidente estúpido provocou um coma, uma perfuração intestinal provocou uma septicemia, um AVC muito forte obriga a coma induzido, um acidente de trabalho provoca lesões brutais na coluna, um mergulho na praia paralisa o corpo, um atropelamento por um condutor alcoolizado provoca um traumatismo craniano e múltiplas lesões torácicas.

Os familiares pedem notícias, e esperam por notícias boas, ou definitivas, sem amanhã.

Médicos, Enfermeiras e Enfermeiros, Auxiliares de Acção Médica, Pessoal Administrativo, lidam com as famílias de forma exemplar, humana.

Tentam fazer milagres através da tecnologia e do conhecimento, mas não se esquecem do espírito, da vida para além da dor.

Conheci a Filha Coragem, a Mãe que não desiste, o Pai que já não acredita, os filhos que desistiram, as famílias desavindas, o choro, a indignação, a negação e a dor. Não uma dor qualquer, física, mas a dor profunda que rasga as entranhas.

Têm sido assim os dias do meu Agosto. Têm sido assim os dias de muitas famílias.

Com Esperança e com Coragem!

Que não lhes falte a força!

 

 

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Multiculturalidade...ou ausência dela!

"A notícia vem hoje nas páginas do Diário de Notícias e dá conta do mal-estar entre Glória Monteiro, funcionária da Junta de freguesia de Benfica e o presidente, Domingues Alves Pires. De acordo com o jornal, a funcionária foi proibida pelo presidente de falar crioulo no serviço, já "desestabiliza o ambiente de trabalho utilizar um idioma que os outros não entendem."
O presidente justifica-se, dizendo que se trata de " uma situação que tem gerado desconfiança entre os outros colegas que julgam estar a ser alvo de má língua", e esclarecendo ter recebido queixas de cinco funcionários. A discórdia, que começou em finais de Abril, culminou há poucas semanas com a suspensão de Glória Monteiro por um período de 30 dias.
Mas as acusações não se ficam por aqui. Glória Monteiro acusa o Presidente da Junta de racista e de lhe ter chamado "preta" e "golpista", durante uma discussão sobre marcação de férias e Alves Pires, que nega tudo, instaurou-lhe um processo disciplinar.
Estalada a guerra entre funcionária e presidente, na tarde de ontem Glória Monteiro estacionou o seu carro coberto de cartazes frente às instalações da junta para contar a sua história a todos que se juntaram à manifestação apoiada pelo Bloco de Esquerda.
A funcionária conta que há 20 anos trabalha no pelouro da Cultura e nunca lhe tinham impedido de falar em crioulo com a sua irmã, que também pertence aos quadros da junta. O autarca garante que não foi uma proibição, mas apenas "um conselho". Edmundo Carvalho, jardineiro há 25 anos na autarquia, diz não ter "nada a ver" com a história, mas esclarece que já ouviu o presidente a dizer com todas as letras: "Aqui não se pode falar em crioulo", contou o funcionário, reproduzindo as palavras do autarca.
" (transcrito do Portal SAPO com a devida vénia)

Fala-se de gestão multicultural, de gestão da Diversidade, da riqueza das culturas diversas e depois estraga-se tudo. É a desconfiança, o medo, o desconhecimento.
Porque é que o Sr. Presidente da Junta ("eu sou o presidente da junta") não começa a frequentar umas aulas de crioulo de Cabo Verde e ao mesmo tempo aprende a ouvir Mornas e Coladeras?
Este pequeno episódio demonstra o que ainda existe de errado em Portugal relativamente à multiculturalidade. Gerir a Diversidade é preciso!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Instantâneos do País Real - II

Um candeeiro com pouso para gaivotas ou uma gaivota que se apropriou do
candeeiro?
Não interessa muito responder à questão mas esta assimiliação da
tecnologia por parte dos animais deve levar-nos a reflectir!

Instantâneos do País real - I

Criatividade sem limites. Este sinal de proibição encontra-se junto à
Marina de Portimão.
Pelo design parece já uma criação do ALLGARVE.
É o país real!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Um fim de tarde na Praia da Rocha!

Quando os queremos ver ainda existem momentos assim. As cores, as
formas, a harmonia, tudo se conjuga para proporcionar prazer aos
sentidos. O entardecer, por vezes, é um momento mágico!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Pedro Guerreiro sempre actual...

A primeira página do Jornal de Negócios de hoje, além de demonstrar a qualidade jornalística do Pedro Guerreiro - e da sua equipa - levanta questões importantíssimas sobre as quais vale a pena reflectir. Nuclear, sim ou não? Tema da sondagem da semana aqui ao lado. Que modelo de Aposentações e Reformas, ou as expectativas traídas! Os negócios das grandes empresas - que cada vez lucram mais com a crise e um símbolo que assusta muita gente.
Uma página de excelência, do melhor que se faz na Europa e no Mundo.
Parabéns Pedro
.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Outra vez Carlos Queirós? Ou um "novo" Carlos Queirós?

As primeiras declarações do "novo" Selecionador Nacional de Futebol não
paraecem augurar nada de bom. Não ficámos a saber se é o "velho" Carlos
Queirós que regressa - aquele que nunca ganhou nada em seniores
atribuindo sempre as culpas aos outros - ou um "novo" Carlos Queirós,
decidido a mostrar que também a lidar com adultos pode alcançar o sucesso.
Também nada ficámos a saber sobre aquilo a que se compromete -
objectivos, títulos.
Parece, de novo, o funcionário para-público a falar.
Atendendo ao seu passado nas camadas jovens, à sua experiência de 14
anos fora de Portugal e ao seu passado recente no Manchester United,
devemos dar-lhe o benefício da dúvida. Eu dou.

terça-feira, 15 de julho de 2008

65% dos Pobres não tem Emprego- ou como os mesmos dados têm leitura diversa!

“Trinta e cinco por cento dos portugueses que vivem numa situação de pobreza têm um emprego, segundo o estudo "Um Olhar Sobre a Pobreza - Vulnerabilidade e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo" entregue hoje pelo presidente do Conselho Económico e Social ao Presidente da República.

"Trinta e cinco por cento dos pobres são pessoas que trabalham", afirmou Alfredo Bruto da Costa, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com Cavaco Silva, no Palácio de Belém.

Para Bruto da Costa, que coordenou o estudo sobre a pobreza em Portugal divulgado no início do mês, "o problema não é aquilo que se faz" para resolver este problema, mas "o que não se faz", considerando que as políticas desenvolvidas pelo Governo para combater a pobreza são eficazes.

Ainda sobre o estudo, o presidente do Conselho Económico e Social sublinhou que este não apresenta receitas para a acabar com pobreza, debatendo antes "o que não resolve" o problema para não desperdiçar recursos. "Aponta pistas porque identifica os problemas estruturais", referiu, assinalando a diferença entre os aspectos estruturais e os conjunturais que estão na origem da pobreza. Como aspectos conjunturais, Bruto da Costa apontou o aumento dos preços. "Mas, há causas mais profundas, que já existiam", acrescentou.

Questionado sobre se considera que o Estado é "conivente" com a pobreza, o presidente do Conselho Económico e Social considerou que "o grande conivente para com a pobreza é a sociedade". "Cada um participa nessa conivência à sua maneira", sublinhou, considerando que as medidas que o Estado pode tomar para fazer face a situações de emergência são "medidas de redistribuição".

Sem querer fazer qualquer análise da situação actual por não a ter ainda estudado suficientemente, Bruto da Costa deixou um apelo à sociedade para que tenha consciência do sentido dos limites. "O apelo que faço é para que a sociedade tenha mais acentuadamente o sentido dos limites. Os recursos não podem ser ilimitados e as famílias têm de ter noção do limite dos recursos. A isso chama-se solidariedade", afirmou.

 

“jornal Público”, secção Última Hora. Hoje

 

 

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A União para o Mediterrâneo!

Até o insuspeito “Le Monde” confirma. É um projecto de Sarkozy! Talvez para que a França mantenha os seus laços neocoloniais com as ex-colónias do Magreb. Por isso, este projecto é visto com muita suspeição em diversos países do Norte de África e do Médio-Oriente.

Qual o papel de Portugal? De apoio tácito ou de liderança?

Precisamos de recuperar o “maré nostrum”, de facto, mas não com atitudes neocoloniais.

 

 

 

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Comprei um Eee PC, com Windows XP. É mais barato do que um telemóvel topo de gama, pesa menos de um quilo e já vem com todas as aplicações instaladas. De facto, é só ligar e começar a trabalhar.

Primeiras impressões:

a)   Conectividade WIFI muito rápida;

b)   Écran com diversas opções de resolução;

c)   Processador suficiente;

d)   Traz o WORKS 8.0 já instalado, bem como o Acrobat Reader, aplicações do Windows Live, incluindo Windows Mail e Outlook Express;

e)   Teclado muito agradável ao toque;

f)    Uma bolsa de transporte muito prática;

g)   Rato óptico;

h)   Duas portas USB que reconhecem muito bem qualquer drive externa (testei com uma de 250GB);

i)     Leitor de cartões.

 

Aconselho e recomendo! Faz-me lembrar o velhinho HP Jornada 820 (que saudades)

 

A este preço e com estas características talvez agora se verifique uma generalização no uso dos NanoPc(s)!

 

 

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Novamente a Depressão!

País deprimido, preocupado, sem esperança, a sobreviver.

Situação internacional instável – Líbano, Irão, Israel – e o G8 a fingir que toma decisões. O G5 a contrapor, com mais sageza e habilidade.

E assim vai o mundo, o nosso e o outro!

 

 

Novamente a Depressão!

País deprimido, preocupado, sem esperança, a sobreviver.

Situação internacional instável – Líbano, Irão, Israel – e o G8 a fingir que toma decisões. O G5 a contrapor, com mais sageza e habilidade.

E assim vai o mundo, o nosso e o outro!

 

 

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O que faz a televisão!

Ontem, durante os telejornais, os moradores do prédio da Avenida da Liberdade que sofreu um incêndio, queixaram-se da ausência do pessoal da Protecção Civil e da Câmara Municipal de Lisboa.

Hoje, foi um corrupio. Vereadores, Técnicos, Peritos e, claro está, as câmaras de televisão a disputarem o exclusivo.

Se não é falado na televisão, não existe. É o 5º. poder em acção ou uma demonstração clara de subdesenvolvimento político-social?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

" Este nosso jeito de Ser"

O português é …

 

Um misto de sonhador e de Homem de acção, ou seja, um sonhador activo com sentido prático e realista. Alimenta-se do sonho, porque é mais idealista, emotivo e imaginativo do que homem de reflexão.

Despreza o interesse mesquinho e o utilitarismo puro, mas, paradoxalmente, cultiva o gosto pela ostentação e pelo luxo.

É profundamente humano, sensível, amoroso e bondoso, sem ser fraco.

Não gosta de fazer sofrer e evita os conflitos, mas, ferido no seu orgulho, pode ser violento e cruel.

Possui forte crença no milagre e nas soluções milagrosas, mesmo sabendo que elas não vão acontecer.

Sem perder o seu carácter, adapta-se facilmente a novas ideias, coisas e seres.

Tem um vivo sentido telúrico e um fundo contemplativo e poético em relação á natureza.

É um pouco inibido, por vezes, devido ao grande medo da opinião alheia e de cair no ridículo.

Apesar de fortemente individualista, possui um fundo de solidariedade humana, notável.

Não tem grande sentido de humor, mas revela uma ironia e um espírito trocista por vezes tocante.

Tem um sentido exagerado da crítica e emite juízos por tudo e por nada.

É fatalista, poético e aventureiro, expressando a contradição desses sentimentos através da saudade e da inquietude.

Tem enormes qualidades de abnegação, sacrifício e coragem.

Não sabe viver sem sonho e sem glória, ambicionando sempre poder ser herói de qualquer coisa.”

(extracto de uma crónica de Luís Bento, publicada na coluna SP&D da revista “Pessoal”)

 

 

 

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Novas formas de combate à Pobreza!

É preciso criatividade.

O Eng.º. Mário Lino, Ministro dos Transportes e Comunicações, em resposta à Dr.ª. Manuela Ferreira Leite, afirmou ao “Jornal de Negócios” que a construção do novo aeroporto é justificada pela necessidade de apoiar as crianças com fome.

Mais uma descoberta do “jamé”! É sempre a “abrir”!

 

Se, efectivamente, este governo desatar a construir mais aeroportos, mais TGV, rotundas, ampliação do CCB, alargamento da Ponte Vasco da Gama para 8 faixas de cada lado, ninguém estranhe. Não são infra-estruturas necessárias e imprescindíveis, mas sim medidas razoáveis de combate à pobreza. Et Voilá!

 

Grande Jamé, assim é k é!

 

 

 

terça-feira, 1 de julho de 2008

Conferência em Alger

No passado fim-de-semana realizou-se em Alger – no emblemático Hotel Al Aurassi – mais uma Conferência Internacional organizada pela ALGRH, com o patrocínio de, entre outros, a Fundação Konrad Adenauer e a GTZ.

Dedicada à temática do risco na gestão, contou com a participação de diversos oradores Argelinos, Marroquinos, Franceses e do autor deste espaço.

Foi um grande prazer rever amigos – como o Abdelaziz Dali - e voltar a admirar o magnífico panorama da Baía e do Porto de Alger.

Estiveram presentes alguns dos mais importantes dirigentes das empresas públicas argelinas, muitos directores de Recursos Humanos e alguns jovens e promissores quadros, como a jovem Mademoiselle AHMIM Nassima Directora de Formação da mais importante empresa de transportes e logística argelina.

Nunca me canso de voltar a esta cidade tão bonita e que tanto significa para muitos portugueses.

É sempre um grande prazer voltar a Alger!!!

 

 

 

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O NanoPC - A revolução? Ou a luta contra a transformação do telemóvel em PC?

 

 

Chegou a Portugal, quase um ano depois do lançamento mundial, o Asus Eee PC 701, um computador portátil ultraleve que custa apenas 299 euros. Pequeno e com software opern source Linux, promete agitar o mercado nacional.

Com pouco mais de 900gr, trata-se do primeiro nanobook da Asus, concebido a pensar nos utilizadores que privilegiam a conectividade em qualquer situação e nos consumidores pouco experientes no que se refere à informática. «easy to learn, easy to play e easy to work», referiu Andee Hsu, directora de produto Eee PC, segundo a Exame Informática.

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Esperado há mais de dois anos – anunciado a cerca de 100 dólares para ser distribuído às crianças das escolas dos países mais pobres – aí está o primeiro PC abaixo dos 300 euros. Ou seja, um PC mais barato que um PDA e do que um telemóvel de gama média/alta.

Tem disco rígido, permite acesso à Internet via WIFI, e vem com uma memória de 512 Mb.

Pode ser adquirido também com o Windows XP. Segundo consta a Microsoft disponibilizou ferramentas do Windows Live.

O que virá a seguir?

A nossa saúde, em espanhol!

Afinal, o governo espanhol sempre precisava dos profissionais – médicos e enfermeira(o)s – que estavam a trabalhar em Portugal. E de uma assentada, aumentou-lhes o ordenado, conta-lhes o tempo de trabalho em Portugal como tempo de serviço, e aí está um regresso em massa.

Consequências mais visíveis: algumas VMER(s) sem tripulantes, serviços de urgência em risco de paralisação, diminuição drástica do pessoal de enfermagem em alguns serviços hospitalares.

Como é que o nosso Ministério da Saúde vai resolver este – imenso – problema?

Será que, de uma vez por todas, vai rever as carreiras hospitalares? Que vai abrir os Quadros de Pessoal?

É que não temos agora quem substitua, de imediato, os profissionais espanhóis que estão a partir!

Merecem um público louvor por tudo o que aqui fizeram. Bem Hajam!

 

 

Revisão do Código do Trabalho

 

Segundo a Agência noticiosa “Lusa”, o Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a proposta de lei que visa a revisão do Código do Trabalho.

Do ponto de vista processual a proposta de lei vai agora ser enviada para a Assembleia da República para ser discutida e aprovada.

Para já desconhece-se o agendamento, mas, avizinhando-se as férias parlamentares e a sensibilidade do assunto, é provável que só venha a ser aprovada na próxima sessão parlamentar.

Vamos ver o que os deputados vão fazer em sede de discussão. Baixará à Comissão? Será logo aprovada? Serão introduzidas alterações? Mesmo que o Governo solicite um debate de urgência, parece-me que ainda vamos esperar algum tempo para ver os resultados finais desta revisão do Código do Trabalho.

E no final, que Código do Trabalho (corpo principal+regulamentação+revisão)? Confesso que estou expectante!

 

Novamente a questão dos feriados e pontes!

Uma jornalista do Semanário “O Diabo” – Liliana Soares – fez este trabalho sobre o problema das pontes e feriados em 2008.

Apesar de ser um tema recorrente, vale a pena ler. E pensar sobre ele pois é uma questão que continua sem ser abordada seriamente.

 

 

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Já não bastava a crise!

64 minutos de jogo no Portugal-Alemanha, 1-3, e volta a depressão nacional. Scolari quebrou a corrente emocional ao anunciar a ida para o Chelsea. A virgem de Caravagio abandonou-nos!

Jornadas de Estudo do GREF - na Culturgest

Foto tirada à cerca 5 minutos. A "Ibéria" da Formação Bancária. O Luís Vilhena da Cunha, o José Rodrigues e o Paco Segrelles de parabéns!

Mata-Mata

Falta pouco para a grande decisão. Força Portugal!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Medo e Compromisso

Inspirado por Pilar Jerico

 

        Num quadro de instabilidade crescente – nomeadamente económica e social – com uma precarização dos relacionamentos – laborais, afectivos, grupais – que lugares poderão encontrar para o compromisso (“commitment”), para aquele sentimento de dedicação profunda, de envolvimento, de alegria?

        Esta é hoje uma questão recorrente.

        Preocupa as famílias e, acima de tudo, as empresas.

        Como e de que forma é possível pedir a alguém que se comprometa – com um projecto, com uma ideia, com os colegas, com o líder – quando as pessoas vivem num quadro onde o medo – gerado pela precarização dos relacionamentos – assume um papel predominante?

        Sim, as pessoas andam com medo.

        Medo de perder a família, medo de não poderem continuar a manter o mesmo estilo de vida, medo de perder a(o)s companheira(o)s, medo da insegurança, medo de perder o emprego ou o trabalho – ainda, e sobretudo, se precário. E este medo é interclassista. Afecta os que têm muito e os que pouco ou nada mantêm. Todos partilham, em forma diferentemente doseadas é evidente, o medo.

        E sobre esta problemática, encontramos diversos posicionamentos.

        Para uns, deve evitar-se ter medo (como se isso fosse possível e aconselhável), para outros, devemos aprender a geri-lo e, para outros ainda – para não me resumir a uma visão bipolar tão comum nos dias de hoje – devemos ultrapassar o medo, ou seja, deixar de senti-lo.

        Ora, o medo é um sentimento essencial à sobrevivência da espécie humana. Sem o medo, já as nações se teriam destruído pela via nuclear e cada um de nós, caso esse cataclismo não ocorresse, dificilmente sobreviveríamos sem o medo. Saltaríamos de uma alta montanha, atravessávamos a auto-estrada a passo de caracol e não combateríamos o ridículo.

        E como sentimento humano e ainda por cima necessário à sobrevivência, ainda bem que temos medo. Todavia, o quadro de instabilidade e de insegurança atrás referido, tem trazido um novo tipo de medo – antinatural – que é um medo patológico (doentio). Já não é sentir medo, mas ter medo, de forma quase permanente, bloqueadora, que castra a própria vida.

        E é esta forma sofredora de ter medo que impede o estabelecimento do compromisso no sentido positivo.

        Quando uma empresa ameaça permanentemente os seus trabalhadores da possibilidade de encerramento ou de rescisão do seu contrato a termo certo, chamando a atenção do trabalhador dos efeitos que a perda do salário pode ter na sua vida, mais não faz do que apelar ao ter medo e gera, com isso, uma atitude de compromisso sim, com esse mesmo medo quase irracional e não com qualquer projecto ou ideia. Nestes casos é completamente hipócrita falar do tão conhecido chavão do “vestir a camisola”, pois “vestir a camisola” (a não ser que ofereçam tshirts) neste contexto é completamente impossível. O trabalhador pode fazer uma representação social mais ou menos convincente de está envolvido com a empresa, mas, de facto, está de um sentimento de quase pavor, que é o mais próximo do ter medo.

        O que devem então as empresas fazer para aprender a lidar com esta dicotomia aparentemente inultrapassável de necessitarem de um compromisso por parte dos seus trabalhadores e ao mesmo tempo estes sentirem medo?

        Em primeiro lugar, perceberem e entenderem – através do seu discurso, do discurso dos seus dirigentes e da sua prática instrumental – que gerar medo não vai conduzir ao compromisso. Gerar medo nos trabalhadores assume forma de manipulação dos sentimentos e, por essa via, só vão provocar o ter medo!

        A resposta dos trabalhadores será uma representação dos seus papéis sociais orientada para aquilo que a empresa diz que espera deles, mas sem que se estabeleça verdadeiro compromisso.

        Já é suficiente sentir medo. Ninguém precisa que lhe façam ter medo!

 

 

As Mulheres

Confesso que gosto das mulheres e, por isso, não suporto aquela expressão tipicamente masculina do “gosto de mulheres”.

Gostar de mulheres significa uma forma de afirmação heterossexual – o contrário seria gostar de homens – com tudo o que isso implica de carga sexual e de pretensa afirmação da masculinidade.

Gostar das mulheres é outra coisa completamente diferente.

É gostar das suas especificidades – por vezes incompreensíveis para a forma de pensar dos homens – e das suas excentricidades, da sua forma de se entregarem á vida, ao belo, ao amor.

Gostar das mulheres é tentar percebê-las, aceitá-las, é admirar o seu espírito de sacrifício e de entrega, a sua inteligência emotiva.

Gostar das mulheres é também gostar de trabalhar com elas e para elas, aceitando e estimulando a sua forma de liderar e de gerir.

Gostar das mulheres é muitas vezes aceitar, resignado, por incapacidade, a sua intuição.

É entender a forma como gerem as relações humanas, como mantêm as famílias unidas, como se relacionam entre elas e com os homens.

É admirar o seu espírito de sacrifício, a sua dedicação, a sua generosidade.

É tentar perceber a sua inata capacidade de multitarefa simultânea, da qual tenho uma secreta inveja.

Gostar das mulheres é também admirar a sua sexualidade tão ligada aos sentimentos mais profundos e, não raras vezes, aos instintos mais primários.

É apreciar a sua beleza física – uma mulher tem sempre algo de belo para ser apreciado – e a sua permanente preocupação com essa mesma beleza.

E aprecio ainda mais aquelas mulheres que, sem abdicarem um segundo que seja das suas características de afirmação e de independência, continuam a prezar a sua feminilidade, o seu prazer e o seu orgulho em serem mulheres.

É por tudo isto que gosto das mulheres e não tolero a expressão “gosto de mulheres”.

Mas gosto das mulheres ainda por uma outra razão.

A sua energia!

Muita admiração causa a energia das mulheres. Elas suportam cargas de trabalho violentíssimas e têm tempo para tudo: tratam dos filhos e dos maridos, limpam a casa, levam as crianças á escola, ajudam-nas na educação, trabalham dentro e fora de casa, almoçam com as amigas e com os amigos, levam uma vida sexual activa e, mesmo quando parecem completamente esgotadas, um dia se sol renova-lhes totalmente as forças e a energia.

Parece que têm uma capacidade de renovação energética, de carácter telúrico – o efeito do sol, da lua – que as faz reviver e rejuvenescer quase que por milagre.

A essa energia, chama uma amiga minha, numa das mais belas frases que ouvi nos últimos tempos, a energia vital da criação.

E acredito nisso mesmo, que essa força descomunal das mulheres, advém de um reservatório energético ligado à capacidade de dar vida á vida.

E se dar vida á vida é intrínseco à natureza feminina, gostar das mulheres será a melhor forma de apreciarmos e respeitarmos a vida.

É por isso que eu gosto das mulheres!

 

 

 

Portugueses são os que gastam mais com alimentação - "Diário Digital"

Cerca de 17% das despesas totais das famílias portuguesas destina-se à aquisição de produtos alimentares e bebidas não-alcoólicas, segundo o estudo «O Observador Cetelem», divulgado esta quarta-feira.

Portugal, seguido de Itália, Espanha e França, é o país europeu cujas despesas com a alimentação ocupam um peso preponderante nas despesas totais dos agregados familiares, registando um valor que é quase o dobro de países como o Reino Unido e o Luxemburgo, que apenas dedicam a este item 9% do seu saldo de despesas totais.

Segundo o estudo, tal situação «deve-se ao facto de se verificar uma tendência inflacionista dos alimentos que deriva do crescente aumento dos preços das matérias-primas».

Em contrapartida, os portugueses são os mais prudentes no que se refere a gastos relacionados com actividades culturais e de lazer, que ocupa apenas 7% do orçamento familiar.

 

 

 

Maioria dos portugueses encara com pessimismo o ano de 2009 -"Diario Digital"

Quase três quartos (72%) dos portugueses residentes no Continente com 18 e mais anos considera que a situação económica do país será ainda pior no próximo ano, segundo os resultados de Maio do Barómetro Político da Marktest.

Apenas 10,3% está confiante de que será melhor e 12,2% considera que será igual.

Os portugueses mostram-se muito pessimistas relativamente à evolução da economia do país e do seu agregado familiar. O índice de expectativa é de 20,6%, muito abaixo do limiar do optimismo (50%) e o seu valor mais baixo de sempre, adiantam.

A sondagem conclui ainda que as expectativas dos portugueses são ainda mais pessimistas quanto à evolução da situação económica do país do que relativamente à evolução da sua situação económica pessoal e familiar.

Embora muito pessimistas, os portugueses mostram um sentimento menos negativo relativamente à evolução da sua própria situação económica pessoal e familiar: 10,9% considera que vai ser melhor no próximo ano, 21,8% diz que vai ser igual e 59,6% entende que vai ser pior.